Ricardo Queiroz e a máscara do PMDB maricaense – retrospectiva


Artigo de Adilson Pereira
“É coisa realmente natural e comum desejar conquistar. Sempre que os homens podem e o fazem, serão louvados e não censurados. Mas, quando não podem e querem fazê-lo de qualquer modo, aqui está o erro e a censura”. (Nicolau Maquiavel)
As atitudes de um homem definem seu caráter. Uma bela frase, pena que dificilmente alguns pseudolíderes, processados até o último fio de cabelo, buscam o poder da forma mais despudorada possível... Mentindo. O pior de tudo é que o fazem descaradamente, com ajuda dos “aspones jornalistas” travestidos de gestores de saúde, desesperados com a iminência de perderem suas benditas boquinhas. Será verdade que “os fins realmente justificam os meios”? Para eles, sim!
Há algum tempo, um aspone despreparado tentou desviar o foco da discussão em debate numa rede social. O descarado chegou ao ponto de afirmar que o ex-alcaide não havia sido condenado, e que ser processado não era nada demais. MENTIRA! O ex-alcaide foi CONDENADO sim. A câmara de vereadores de Maricá, usando da soberania que lhe compete, CONDENOU o ex-alcaide ao “limbo”, quando rejeitou suas contas.
O que nos deixa mais estupefatos é a cara de pau com que se tenta negar a importância dos processos que venho enumerando, criteriosamente, há alguns meses. Os INQUÉRITOS CIVIS abertos contra Sua Excelência, o “Sr. Volta que eu Voto”, pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, através da Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania, Núcleo Niterói, apresentam o critério e competência singulares da Promotora de Justiça, Dra. Renata Scarpa Fernandes Borges. Um cruzado avassalador no queixo da impunidade e, mesmo assim, assistimos a um silêncio ensurdecedor por parte seus pares. Um verdadeiro “ninguém sabe, ninguém viu”.
Caso os cidadãos maricaenses queiram conferir, até agora citei seis inquéritos:
·         Inquérito nº 215/2011 – Datado de 11/08/2011. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA & LESÃO AO ERÁRIO;
·         Inquérito nº 218/2011 – Datado de 16/08/2011. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA & LESÃO AO ERÁRIO;
·         Inquérito nº 228/2011 – Datado de 31/08/2011. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA & LESÃO AO ERÁRIO;
·         Inquérito nº 243/2011 – Datado de 21/09/2011. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA & LESÃO AO ERÁRIO;
·         Inquérito nº 245/2011 – Datado de 04/10/2011. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA & DOAÇÃO ILEGAL DE BEM PÚBLICO;
·         Inquérito nº 271/2011 – Datado de 08/11/2011. TOMADA DE CONTAS EX OFFICIO – IRREGULARIDADES – TCE.
A tentativa de manipular informações faz parte do jogo sujo e, ao mesmo tempo, ineficiente de um grupo que sabe que há algo de estranho no ar. Lanço um desafio a qualquer um que faça parte deste grupo a apostar um único copo d’água que a situação do PMDB maricaense está resolvida e é totalmente confortável. Duvido que uma única alma se habilite! Mesmo a vinda de líderes políticos regionais, com discurso decorado, para referendar a pré-candidatura do “Sr. Volta que eu Voto”, deixará um clima de insegurança no ar. A justiça é cega, mas o homem se faz cego diante de seus mais podres interesses. Lanço um desafio também aos citados líderes: Duvido que os mesmos afirmem que “Sr. Volta que eu Voto” terá sua situação jurídica resolvida. Parafraseando Fernando Brant: A justiça tem que estar onde o povo está!
O ex-alcaide se mostra um excelente negociador. Portanto, deve saber que o impacto negativo da manipulação é um dos principais fatores a dificultar a estruturação de alianças e a consolidação de parcerias. Sabemos que é difícil deixar a vaidade de lado, mas que tal uma nobre tentativa? De início, pode até doer, mas nada que a satisfação da honestidade não recompense. Talvez nem precisemos citar “empresas com siglas familiares”, prestadoras de serviços suspeitos a determinados municípios.
A partir daí, vemos o porquê da insatisfação de determinados núcleos do PMDB maricaense. Ao analisar a questão do vereador, secretário do atual desgoverno, Jorge Castor, podemos notar certa hesitação na tomada de medidas punitivas. O aspone-mor, em determinado momento da discussão virtual anteriormente citada, chegou a afirmar que “deveríamos ter mais gratidão aos que nos ajudaram”. A intenção do aspone naquele momento foi ridícula, mas pode ser que o ex-alcaide, ao se acovardar diante de Castor, pode estar apenas sendo grato.
Quando citei a CONDENAÇÃO aplicada pela câmara de vereadores, não mencionei o resultado da votação. Uma derrota esmagadora: 10 x 1. Quem sabe não vem do “gol de honra” a gratidão a que se referiu o nada nobre aspone. O único voto pela aprovação das contas do ex-prefeito Ricardo Queiroz foi exatamente de Jorge Castor. Talvez, por isso mesmo, o “Sr. Volta que eu Voto” esteja sendo complacente ao máximo, e não covarde como afirmam as más línguas, mostrando que seu “poder de recompensa” está baseado na capacidade de provisão da mesma. Pena que seja só uma tese mal defendida.
Maquiavel também afirma que “Quando Estados conquistados estão acostumados a viver em liberdade, há três modos de mantê-los. O primeiro é aniquilá-los”. O ex-alcaide saiu do governo próximo dos 75% de rejeição por puro desapego à cidade, chegando a declarar que nada faria por Itaipuaçu. Não à toa foi morar em Icaraí.
Maquiavel dá continuidade afirmando que “O segundo modo é residir neles”. O ex-alcaide, assim que percebeu a avalanche de imbecilidades cometidas pelo desgoverno Quaquá, abrindo uma chance de voltar a controlar o ERÁRIO, mesmo diante de uma enxurrada de processos, retornou à cidade. E não é que vai a pé à missa de domingo. Garoto esperto...
Maquiavel termina seu ensaio crítico ao dizer que “O terceiro modo é deixá-los viver com suas leis, retirando uma renda e criando internamente um governo de poucos, mantendo o consenso. Tal governo, consciente do fato de existir pela vontade do príncipe, sabendo que depende de sua benevolência e poder, tem todo o interesse em agir de modo a conservar a situação”. Qualquer semelhança com a relação de dependência financeira entre o “Sr. Volta que eu Voto” e seus aspones é mera coincidência.
Felizmente, não só de Maquiavel vivem os homens de bem. Outro líder, para nossa sorte, se contrapõe a todos os exemplos citados, com a autoridade que Lhe compete. Suas palavras ecoam durante os séculos, confortando os que se afligem com o mal que os assola. Este líder dividiu a humanidade em duas: antes e depois d’Ele. Já o “Sr. Volta que eu Voto”, dividiu sua vida em duas: antes e depois do Ministério Público. Prezado “Sr. Volta que eu Voto”, fique alerta, pois “aquele que encobre suas transgressões, nunca prosperará!”

Comentários