Na 1ª audiência do caso dos cães que atacaram senhora de 86 anos em Itaipuaçu não houve acordo


Maricá, 13/2/2012 - Foi realizada nesta sexta-feira (10), por volta de 14h20, a primeira audiência de conciliação no Jecrim de Maricá para tentativa de acordo entre as partes no caso dos dois cães da raça rotweiller que, num ataque feroz, quase mataram a moradora de 86 anos de idade, Sra. Maria de Lourdes, no entanto não houve acordo.

A primeira a aparecer no prédio do Fórum foi a vítima e autora, D. Lourdes, acompanhada de sua filha, Sônia Nunes e da advogada, Dra. Aline Germano. Depois chegou o réu, Éric Felix Horn, acompanhado de sua mãe e de um advogado.

Na sala de audiência, o advogado do réu apresentou uma proposta de acordo na qual o seu cliente se comprometeria em pagar pelos danos materiais, porém a advogada da vítima quer que seja incluído no acordo, danos morais, pois segundo ela, D. Lourdes foi arrastada pelos cachorros para o meio da rua, entre outras circunstâncias constrangedoras. Criou-se, portanto um impasse mas Éric ficou de pensar.

Após a audiência, a advogada da vítima, Dra. Aline, nos declarou, em rápida entrevista, que sua cliente estaria disposta a desistir da ação criminal e da indenizatória, desde que eles aceitem o acordo.

A versão do dono dos cães


Assim que terminou a audiência, sem acordo, fomos logo procurados pela mãe do réu, que nos desautorizou a divulgação, na mídia, das fotos que fizemos no início da sessão, alegando que seu filho estava iniciando a vida e que a divulgação de sua imagem não seria bom para ele naquele momento.

Segundo Éric, no dia do ataque de seus cães à D. Maria de Lourdes, ele se encontrava em sua residência, porém, dormindo. Por volta das 9h30, cerca de duas horas depois do fato ocorrido, sua mãe lhe telefonou dizendo que os cachorros haviam fugido. Então, rapidamente, saiu a procura dos cães, que por sinal, tratavam-se de duas fêmeas, mãe e filha. Ele só encontrou uma das cadelas - a mãe- ao meio-dia, quando soube que elas haviam mordido uma senhora, moradora da vizinhança. A outra cadela só foi encontrada às 18 horas e populares a estavam cercando com pedaços de pau a fim de linchá-la.

A fuga do canil


Era final do mês de dezembro e as coisas não estavam indo bem na vida de Éric. Havia 2 meses que ele teve que efetuar uma mudança inesperada para Itaipuaçu, vindo do Rio Grande do Sul, devido a morte de seu pai. Os cães tiveram que viajar durante 30 horas dentro do caminhão de mudança. Segundo seu próprio relato, as cadelas estavam extremamente estressadas vivendo longe de seu 'habitat'. Na manhã do ataque à vítima, elas começaram a morder a madeira da porta do canil, arrombando-a. Porém, o canil ainda era protegido por uma cerca de grades, mas elas cavaram por baixo e acabaram ganhando a parte social da casa, fugindo pelo canal que fica nos fundos do terreno e foram para a rua.

Comentários

  1. A culpa jamais poderá ser atribuída aos cães, uma vez que são irracionais e portanto, condicionados. O animal nada mais é que o espelho do dono. Se o dono deseja ter cães ferozes, tem que, obrigatoriamente, impedir que ocorra fuga dos mesmos. O descuido provocou a agressão e o único responsável é o tal do Eric. Ponto final.
    Conceição Macedo

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  2. Ninguém tem nada haver com as situações da vida dos donos dos animais, nem os próprios animais, que dirá a vítima, uma senhora indefesa diante de um ataque feroz. Pelo que consta esses cidadãos não têm consciência dos fatos porquê não doeu em seus corpos as mordidas que trituraram Lourdes.
    Que a justiça seja eficaz a fim de que os réus sintam a necessidade de cuidado e respeito com o próximo.

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