Creche informal em Maricá é denunciada por amordaçar bebês

Crianças viveram momentos de terror dentro de uma creche informal em Maricá, região metropolitana do Rio de Janeiro. Imagens divulgadas pela polícia e exibidas pelo SBT Rio nesta segunda-feira mostram que os menores eram amarrados e amordaçados por uma mulher, identificada como Rose, que deveria ser responsável pelas crianças.

As imagens dos maus tratos às crianças foram feitas pela própria filha da agressora, que não concordava com os seus atos criminosos, chegando, inclusive, a ser coagida pela mãe agressora para assumir a culpa pelos crimes.

Os pais deixavam os filhos na casa de Rose pela manhã e seguiam para o trabalho, mas não imaginavam o que acontecia no local.

"Quando vi as fotos, não queria acreditar que era meu filho. Ele ficava doente, não queria comer, parecia dopado, chorava a noite toda", disse a diarista Ellen Nascimento Silva, mãe de um menino de 11 meses, amarrado e amordaçado por Rose (foto). 

O depoimento de dois irmãos de nove anos de idade, frequentadores da creche, à repórter, relata o modo pelo qual Rose praticava os seus crimes:

-"O quê que você via a Rose fazendo?", perguntou a repórter.
-" Batendo nas crianças, jogando na piscina, jogando os bebezinhos no quarto e ainda dando comida mofada", conta um dos garotos.
- "comida estragada..", corrigiu a repórter e o menino acenou com a cabeça, positivamente.
-"ela machucou você?", perguntou a repórter.
-"Sim".
-"E o que ela fez com você?"
-"Me pegou pelo pescoço e me jogou num sofá", disse o menino.

A mãe dos meninos contou ainda que, segundo relato dos próprios filhos, a tal Rose trancava os bebezinhos de apenas "1 aninho" num  quartinho e os deixava com fome, só vindo a alimentá-los por volta das 14 horas.

Outro casal que também deixava os filhos de 11 meses e de 3 anos de idade ficou horrorizado com os maus tratos às suas crianças e, principalmente com o estado ao qual se encontrava o seu filho mais novo. Segundo a mãe, ele estava com a boca toda queimada por causa de comida quente, um corte no rosto, arranhões na perna e todo assado.

Com as fotos em mãos, as mães apresentaram queixa ao Conselho Tutelar e à Delegacia de Polícia, entretanto, apesar das provas apresentadas e o depoimento detalhado do crime feito pelos meninos maiores ao delegado, as mesmas foram informadas de que a polícia não pode prender a agressora em flagrante, devido à mesma estar foragida.

O SBT não mencionou o endereço da creche na reportagem.

Confira o vídeo com a reportagem completa, abaixo: