PF investiga compra de material de construção feita pela Prefeitura de Maricá

Por Wilson Mendes :: Jornal Extra - A Polícia Federal de Niterói investiga de onde saiu e onde foi parar o equivalente a 14 mil caminhões de pedra, material encomendado pela Prefeitura de Maricá. A conta ultrapassa R$ 15 milhões. Para a PF, a origem e o destino do material não estão claros.

Washington Quaquá
— Queremos saber de onde saiu esse volume de minério e o que foi feito dele, mas ainda não chegamos lá — explica o delegado Jerônimo José da Silva Júnior: — Já existe um processo na 2ª Vara Cível de Maricá sobre improbidade administrativa que estamos levando em conta. Funcionários atestavam notas sem conferir o recebimento do material, sob orientação superior. Por isso podemos chamar aqui o prefeito Washington Quaquá e o então secretário de obras, Arthur Billé.

O processo citado corre no Tribunal de Justiça, ainda sem uma decisão. A acusação de fraude no processo de compras de materiais foi divulgada em 2011, pelo secretário que assumiu a pasta de Obras. A PF entrou no caso só neste ano. Segundo a polícia, não se sabe ainda de que pedreira o material saiu e as empresas citadas em notas não conseguem comprovar a entrega.

Delegado Jerônimo José da Silva Júnior investiga compra que ultrapassa R$ 15 milhões
Delegado Jerônimo José da Silva Júnior investiga compra
que ultrapassa R$ 15 milhões Foto: Wilson Mendes / Extra

— Em junho, entregamos intimações e ouvimos cinco pessoas. Agora vamos ouvir empresários. Alguém tem que mostrar essa pedreira. Temos um ex-secretário falando que recebeu notas fiscais totalizando R$ 5 milhões sem ter obra em andamento — afirma Jerônimo.

Nos autos consta relatório do Tribunal de Contas do Estado apontando irregularidades em contratos. Entre medições erradas e serviços não prestados, uma informação curiosa: de que o depósito apontado como recebedor do material sequer teria espaço para armazená-lo. A defesa de Arthur Billé, o advogado Luiz Paulo de Barros, diz que não tem conhecimento do trabalho da PF no caso. Explica que seu cliente “recebeu ficticiamente o material” para garantir o preço, que subia, e que os materiais foram entregues pelas empresas depois aos poucos, e enviados para obras da prefeitura. Esta seria uma prática comum. O prefeito Washington Quaquá só comentará sobre o caso à Justiça.

Versões das empresas

A empresa apontada como fornecedora da grande quantidade de pedras é a Alfa Construtora e Serviços. O nome dela aparece em extratos de contratos no Diário Oficial do município, inclusive com seu endereço em Bom Jardim. Ela ganhou licitações para fornecer R$ 16 milhões em materiais de pedreira para a prefeitura. Apesar do volume de negócios, um gerente da empresa não se lembra de qualquer transação com a prefeitura. O funcionário cogitou até que o nome comum da empresa pudesse ter causado confusão.

Outra empresa citada é a Fortstone, também fornecedora de materiais de construção. Hoje, quem atende o telefone da empresa é o Grupo Estrela. Pelo aparelho, a equipe do EXTRA foi informada que a Fortstone era uma empresa do grupo, mas que não existe mais. O Grupo Estrela disse que só se pronuncia em assuntos relacionados ao grupo, e não à Fortstone.

Uma terceira empresa citada na investigação é a Eco 805, com sede no Centro de Niterói. Em 2011, ela operava uma loja de som automotivo, mas existem notas fiscais do fornecimento de R$ 70 mil em materiais de construção. A empresa diz que pode, desde 2006, vender tais materiais e que participa de licitações. Garante que tudo que foi vendido foi entregue.



Comentários

  1. AH! AH! AH! ROUBO DO FAMIGERADO "QUAQUÁ E A QUADRILHA DO PT. CADEIA NELES DR. DELEGADO. TEMOS QUE ACABAR COM ESSA RAÇA DE CORRUPTOS, LADRÕES E ASSASSINOS.

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  2. Não interessa qual nome de fantasia tem uma empresa, o CNPJ é único. Quem recebeu o dinheiro da prefeitura tem CNPJ, logo não há como se esconder, vai se dar mal com a Federal.

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  3. KKKKKKKKKK! QUAQUÁ E SUA QUADRILHA DO PT, SUA HORA VAI CHEGAR. O CERCO TÁ APERTANDO, O MEDO SE INSTALANDO. FORA CORRUPTOS, LADRÕES, ETC....

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