Itaipuaçu: DPO desativado pode se tornar espaço cultural

Prefeitura de Maricá queria demolir DPO construído pela comunidade.


Por Marcelo Bessa - Devido a recente desativação do DPO da Praça do Barroco, em Itaipuaçu, a Prefeitura de Maricá tentou iniciar na última quarta-feira (6) a demolição do prédio construído por moradores há 26 anos.

A comerciante e moradora do bairro, Tânia Guedes, que acompanhou, na época, a construção, ficou indignada com a ação dos funcionários da empresa contratada para a demolição.

__  Esse prédio foi construído com ajuda dos moradores. A prefeitura não fez nada e agora quer destruir? Por que não ouvem a população? Isso é um patrimônio dos moradores de Itaipuaçu! __ comentou Tânia.

Placa da inauguração do DPO em 1990
(Foto: Marcelo Bessa)
Na opinião da comerciante e de alguns moradores da localidade, o DPO desativado poderia se tornar uma unidade cultural, seja para biblioteca, telecentro ou oficinas de arte.

Abaixo-assinado

Durante toda a manhã de quarta e quinta-feira, os moradores do bairro organizaram uma ação para recolhimento de assinaturas contra a demolição do antigo DPO. Segundo informações, foram recolhidas mais de 300 assinaturas.

Telefonema ao secretário

Ainda na quarta-feira, por volta das 16h30, a própria Tânia, que também é dona da Papelaria Via Uno, pioneira do ramo no bairro, ligou do seu celular para o secretário adjunto de obras, Marcos Câmara, e propôs que ele viesse ao bairro e mostrasse o projeto à população antes de mandar executar o serviço. Poucos minutos depois, um dos funcionários da obra informou que a execução estava suspensa até segunda ordem.

Na quinta de manhã, a comerciante voltou a ligar para o secretário adjunto e o mesmo informou que não poderia vir a Itaipuaçu. Tânia, então, questionou-o sobre a possibilidade de se fazer alterações no projeto e ele respondeu que "sim, caso não onerasse o orçamento já estipulado", porém disse também que ele "é só um executor de obras e que teria de consultar o secretário de Educação.

Para alguns moradores, as respostas do secretário não foram convincentes.

__ Ora, pra que consultar o secretário de Educação? __ indagou um morador.

__ Parece que a intenção de se fazer uma biblioteca é parte da Secretaria de Educação __ explicou Tânia.

Ainda segundo a empresária, o secretário ficou de ligar para dar uma resposta.

Últimas informações

De acordo com as últimas informações, na manhã desta sexta-feira (08), representantes da prefeitura se encontraram com a moradora Tânia em seu estabelecimento comercial, no Barroco, e informaram-na que, por hora, o DPO não será demolido e que poderá haver uma reunião junto à comunidade para elaboração de outro projeto viável para o local.





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