Maricá: Hospital em ruínas e obras paralisadas revelam mau uso do dinheiro público

MARICÁ (RJ) — Enquanto o prefeito de Maricá, Washington Quaquá (PT), paga R$ 2,1 milhões por ano para sua segurança, serviços básicos são deficientes. No Hospital Municipal Conde Modesto Leal, no Centro, os pacientes não têm sequer o atendimento de um cardiologista, segundo relato de funcionário da unidade, sem contar os problemas de infraestrutura do prédio, cujas paredes têm goteiras, rachaduras e infiltrações. No setor de DST/Aids, a coleta de material para exame não operava nesta terça-feira, como constatou O GLOBO. A utilização do raio X também está suspensa. A falta do serviço está estampada em um aviso fixado na recepção da unidade.

— O setor de raio X não está funcionando há pelo menos um mês. A situação deste hospital é precária — afirmou a dona de casa Amália de Souza Oliveira, de 45 anos.

Na cidade também há obras paralisadas. Uma delas é a do Centro Cultural Henfil, entre as ruas Domício da Gama e Alfares Gomes. O projeto, de R$ 1 milhão, previa a construção de um cinema popular. A inauguração do complexo seria em 3 de setembro de 2012. A placa da prefeitura com informações sobre as obras permanece no local.

A coleta de lixo é outro obstáculo. Na Barra de Maricá, por exemplo, havia entulho e restos de comida na estrada sem asfalto que leva à praia. O orçamento de Maricá em 2013 é de R$ 506,8 milhões. Os royalties de petróleo recebidos em 2012 foram em torno de R$ 110 milhões.

Sobre o hospital, a prefeitura informou que a nova emergência foi inaugurada na última segunda-feira e que a unidade passa por obras de infraestrutura. Segundo a prefeitura, a informação sobre problemas com a máquina de raio X “é improcedente”. E a coleta de material para DST/Aids “não foi interrompida”. Disse também que a coleta de lixo é regular. Em relação ao centro cultural, afirmou que foram feitas alterações no projeto e uma nova licitação será marcada.

Fonte: O Globo

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