Vasco e Fla perdem, Botafogo empata e sai do G-4




Por William Amaral

Cruzeiro campeão e protesto dos atletas

Derrota e volta à Zona. O Vasco foi ao Rio Grande do Sul enfrentar o Grêmio e como não era de se esperar, jogou bem, mas mesmo assim, voltou com a já esperada derrota. Bem fechado desde o início, o time cruzmaltino impôs dificuldade ao pouco criativo time gremista e ainda apostava nos contra-ataques com a habilidade de Marlone. Aos 16, o jovem vascaíno recebeu de Pedro Ken e bateu rasteiro, no cantinho e só não abriu o placar graças à ótima intervenção de Dida. O jogo, muito truncado e de marcação forte, não teve mais emoções e foi para o intervalo. Na etapa final, o time da casa marcou logo no início. Zé Roberto cobrou escanteio e Rhodolfo subiu mais alto que todo mundo para testar sem chances para Alessandro. O jogo seguiu no mesmo ritmo do primeiro tempo, com uma única diferença: o Vasco no domínio das ações e o Grêmio mais perigoso nos contra-ataques, mas de oportunidades reais, pouca coisa e foi só. O Gigante da Colina permaneceu nos 37 pontos e foi ultrapassado pelo Criciúma e voltou à 17ª posição. Para piorar, o Fluminense joga hoje contra o frágil Náutico e pode deixar o Vasco ainda mais para trás.

Empate péssimo. Jogando em casa contra a Portuguesa, o Botafogo, assim como sua torcida, decepcionou. Os pouco mais de 7 mil pagantes assistiram a um empate feio dentro do Maracanã. O início da partida foi de forte marcação de ambos os lados e o primeiro lance de perigo veio somente aos 26, em bicicleta de Elias, que acertou a rede pelo lado de fora. No minuto seguinte, Dória protagonizou um momento bizarro ao tentar recuar uma bola para Jefferson, deitando no chão e tocando com a cabeça. O lance, que lembrou uma tacada de sinuca, quase resultou em gol da Lusa. O Fogão ainda teve algumas chances antes do jogo ir para o intervalo. Na segunda etapa, a Portuguesa voltou melhor e aos poucos, o Botafogo equilibrou o jogo. Elias teve boas chances, mas seguiu desperdiçando. No fim, Dória chegou perto de marcar, mas o resultado terminou mesmo no 0 a 0. Ruim para o Fogão, que após 29 rodadas, deixou o G-4. O time, que tem 54 pontos, foi ultrapassado pelo Goiás e está na 5ª posição. Oswaldo precisa fazer algo, de preferência, voltar a jogar com Rafael Marques de centroavante e não como ponta, já que essa não é a dele e abrir espaço para a criatividade no meio-campo, que hoje depende muito de Seedorf.

Derrota previsível. O Flamengo foi à Itu enfrentar o São Paulo e voltou com um resultado negativo. Os jogadores pouco pareceram se importar, já que o foco do time rubro-negro é a Copa do Brasil. Desde o início o jogo parecia ter apenas um atleta consciente em campo. Paulo Henrique Ganso comandava o São Paulo e era o único a ousar nos passes. O Flamengo, em péssima noite, nada conseguia produzir e o primeiro tempo foi péssimo. Na segunda etapa, o jogo esquentou e logo aos 3, Elias fez pênalti em Luis Fabiano. Rogério Ceni cobrou e abriu o placar. Aos 17, Ganso deu bom passe para Ademílson, que bateu rasteiro e ampliou. O ex-parceiro de Neymar no Santos seguiu desfilando sua técnica, e o time de Muricy não permitiu qualquer tipo de reação do Mengão, que pareceu se conformar com o resultado. O Fla segue com 45 pontos e está na 12ª posição.

Árbitro. Após a partida entre Flamengo e São Paulo, os jogadores do Mengão atacaram o árbitro Alicio Pena Júnior, dizendo que o juiz os xingou de todas as formas possíveis e que não entendem como ele pode estar apitando o Brasileirão. Chicão foi mais longe ao dizer que Alicio “é um babaca”.


Campeão. Ontem, o Cruzeiro foi oficialmente declarado campeão do Brasileirão-2013. A equipe mineira, que disparou na pontuação há várias rodadas, já havia comemorado com sua torcida após a última partida, diante do Grêmio. Contra o Vitória, o time do técnico Marcelo Oliveira venceu por 3 a 1, fora de casa, e soltou o grito que não ecoava desde 2003. Parabéns aos campeões, principalmente para os destaques, como Everton Ribeiro, Ricardo Goulart e os ex-vascaínos Dedé e Nilton.

Protestos. Nas sete partidas realizadas nesta quarta-feira, houve protestos do Bom Senso F.C. em todas elas. Além de entrar com faixas criticando a postura imperativa da CBF e a falta de diálogo da entidade, aconteceu também um minuto de paralisação em cada jogo. Em alguns, os jogadores cruzaram o braço nos primeiros sessenta segundos e em outros, ficaram trocando lançamentos do campo de defesa. Os atletas querem, entre outras coisas, um calendário que não sobrecarregue os atletas e o fair play financeiro dos clubes.

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