Polícia Civil procura corpo de rapaz assassinado em Itaboraí

Um motorista, identificado como Paulo Jorge, oriundo de Maricá, fez ontem um apelo emocionado no sentido de tentar encontrar o corpo do filho, que segundo ele teria sido assassinado por traficantes no município de Itaboraí. Em seguida, a vítima teria sido enterrada em local que a polícia – Divisão de Homicídios de Niterói, São Gonçalo, e Itaboraí (DHNISG) - ainda não localizou.

 “Eu só quero o direito de enterrar meu filho. Nem que depois de tudo eles acabem com a minha vida. Mas eu não vou parar enquanto eu não recuperar o corpo do meu menino”, afirmou Paulo Jorge. Ele acrescentou que desde a madrugada de segunda-feira não dorme, buscando ajuda para encontrar o corpo de Felipe Garcia Pinto, de 24 anos, que pode ter sido executado e depois teve o corpo carbonizado e enterrado por criminosos da localidade conhecida como BNH, em Marambaia, Itaboraí.

O motorista explicou que Felipe já teria sido missionário de uma igreja evangélica, e há cerca de quatro anos, teria abandonado a religião. O pai da vítima também afirmou que um outro homem conhecido apenas como “Felipinho”, tentou agarrar a namorada de seu filho, que brigou com o agressor. O filho do motorista (Felipe) na ocasião contou com o auxílio de outras pessoas e agrediram “Felipinho”, que teria jurado vingança. O tempo passou e o tal “Felipinho” passou a fazer perte do tráfico e temido na localidade. No último domingo ele teria reencontrado o filho do motorista num bar do bairro Apolo 3, e decidiu cumprir a promessa feita há algum tempo.

No estabelecimento, Felipe Garcia estava acompanhado de um amigo, quando o acusado (Felipinho) chegou, acompanhado de outros supostos criminosos. Testemunhas disseram que Felipe Garcia foi levado para uma boca de fumo no BNH, em Marambaia, onde foi brutalmente espancado, executado, e teve o corpo carbonizado. Em seguida, o cadáver teria sido abandonado numa mata, nas proximidades do ponto de venda de drogas. Agentes da DHNISG realizaram ontem buscas no ponto indicado por testemunhas, mas não encontraram os restos mortais de Felipe Garcia, que trajava uma camisa de time de futebol (Fluminense), quando foi sequestrado e morto.

A polícia apurou ainda que o amigo de Felipe, que presenciou o fato, teria deixado o estado a pedido do pai, com medo de represálias. “Meu filho é usuário de drogas, mas nunca teve envolvimento com bandidos. Ele saiu com medo do que poderia acontecer “, afirmou o pai do jovem, que teve o identificação preservada. O titular da DHNISG, delegado Wellington Vieira, explicou que a colaboração do amigo de Felipe é muito importante para que se encontre o corpo da vítima. “Não existe nada contra a vítima nem contra a testemunha. Eles são usuários de drogas, segundo as famílias, mas não são acusados de nada. Os dois foram vitimas dos criminosos”, afirmou Vieira.

O delegado não descartou a possibilidade do amigo de Felipe Garcia, após prestar depoimento ser incluído no Programa Proteção a Testemunha, caso seja necessário, e novas buscas serão realizadas para localizar o cadáver e também o acusado de cometer o crime.

Fonte: A Tribuna



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