Lula tentará trégua entre PT e PMDB nos Estados

Situação é complicada em Minas Gerais , Rio, Bahia e Pernambuco.


POLÍTICA - Em meio à crise entre PT e PMDB que se espalhou pelos estados e coloca em risco a governabilidade da presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva começou um processo de pacificação com o principal partido da base aliada e orientou que todos os estados busquem o entendimento. Os petistas temem pelo PMDB no comando da Câmara dos Deputados e do Senado e o movimento pelo impeachment de Dilma lançado pela oposição.

Ex-presidente Lula comanda aproximação
com base aliada
A relação entre petistas e peemedebistas já dá sinais de reaproximação no Rio e em São Paulo. No entanto, em Pernambuco, Bahia, Ceará, Maranhão, Rio Grande do Norte, Piauí, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul o discurso ainda é de enfrentamento, com reflexos no Congresso, tornando a tarefa de Lula mais árdua. Em Minas, a aliança também começa a apresentar desgaste.

Em Minas começam a surgir ruídos na relação entre PT e PMDB. Há um descontentamento do PMDB com o pouco espaço na gestão do governador Fernando Pimentel. Acusam o petista de ser centralizador e de não dividir o poder. As reclamações chegaram a Brasília, e os partidos trabalham para resolver as diferenças e evitar a saída do PMDB do governo.

No Rio, sob pressão da Executiva Nacional, o PT fluminense foi em busca da reaproximação, e o presidente regional, Washington Quaquá, se reuniu com o presidente do PMDB fluminense, Jorge Picciani.

“Chegamos a um consenso. Nós temos o entendimento pleno no Rio em relação a uma aproximação com o PMDB. A disputa regional foi um outro momento, estávamos em lados opostos, mas nacionalnente, não. (Eduardo) Cunha (presidente da Câmara), Leonardo (Picciani, líder do PMDB na Câmara) e (Jorge) Picciani serão importantes nesse momento para construir essa governabilidade. A presidente ganhou e é preciso respeitar o resultado das urnas”, disse Quaquá, que admite ter desandado, no governo Dilma, a relação com a base. “Os partidos aliados deixaram de ser tratados como aliados e passaram a ser tratados como subalternos”.

Quaquá, um dos defensores do rompimento com os peemedebistas no ano passado, disse que o governo precisa melhorar a interlocução. “O PMDB tem o vice, seis ministérios, é aliado. O PT precisa perder essa arrogância”, ressaltou.

Fonte: O Tempo







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