Um país de joelhos ou a maioria é irrelevante

Artigo de Helio Braga - Desde a publicação da Anistia, ampla geral e irrestrita, que permitiu o retorno ao país daqueles terroristas auto-exilados que hoje dominam o poder, o Brasil assiste a uma lenta, gradual e permanente aplicação do decálogo de Antônio Gramsci para a implantação do regime comunista/socialista.

Há inúmeras evidências da veracidade da afirmativa acima, ainda que o método de sua aplicação tenha sido incrementado com os requintes de um gigantesco e majestoso esquema de financiamento a longo prazo dessas ações de manipulação ideológica da população.

As constantes alterações nas grades curriculares do ensino de base, os muitos "novos" critérios que se sucederam nas orientações publicadas pelos gestores do sistema de ensino, a modificação sistemática e criminosa de conteúdo nos livros de geografia e história que vêm sendo impostos até mesmo aos Colégios Militares e outras tantas evidências da corrupção ideológica da educação só reafirmam o uso daquele decálogo como método.

Não bastasse essa corrosão na educação, há ainda a plena cooptação da quase totalidade dos meios de comunicação através das faraônicas verbas publicitárias oficiais; nunca se viu um país, de regime teoricamente democrático, utilizar tanta propaganda quanto se vê acontecer no Brasil, onde quase 70% das receitas de publicidade da esmagadora maioria dos veículos de comunicação - rádio, TV, jornal, revista - em todo o país advém de contratos do governo! Falta muito pouco para vermos imagens gigantescas do apedeuta mitificado ou de seu poste fraudulento espalhadas pelas cidades..., na verdade é só o que falta, porque de resto há um profundo choque entre o mundo real e o conto do sonho colorido descrito nas peças da propaganda petista/governamental.

Diante de tudo isso, o ensurdecedor silêncio institucional. Um Judiciário de togas vermelhas - volto a afirmar - que se soma a um Executivo totalitário, corrupto e tão inepto quanto inapto para seu papel constitucional e um Legislativo que mais parece um bordel, tamanha a semelhança de suas atividades rotineiras com a prostituição, formam um cenário desolador de indigência política, leniência administrativa e amoralidade cultural que contamina a sociedade e destrói sua estrutura de valores, família e costumes.

Isso é Gramsci em estado puro e ninguém se mexe...

A corrosão aumenta em escala geométrica, espalha-se de forma viral, frequenta todos os núcleos de poder, de ensino e de comunicação em uma gigantesca lavagem cerebral de um país majoritariamente iletrado e amorfo, sem que haja reação ou indignação consistentes.

O país só é proativo, unido, uníssono, nas trivialidades, nas catarses etílicas de Momo ou nas hipnóticas daquele nobre esporte bretão em que já fomos referência de qualidade e que hoje somos pilhéria.

Invertem-se os valores, as referências morais, os exemplos de conduta: a execução legítima de um traficante de drogas por um país soberano gera uma inacreditável decretação de "luto oficial" por três dias, mas o brutal assassinato de um cidadão, ao perder-se no trânsito e trafegar na rua de uma "comunidade" da segunda maior cidade da república, pelos traficantes que dominam a área e desafiam a polícia (que polícia?) não gera qualquer reação das pseudo-autoridades! Pior, a imprensa noticia em pequeno rodapé de jornal e nem sequer repercute o fato, simplesmente vira a página e faz saber que pretendem eternizar aquele traficante fuzilado com um busto na zona sul do Rio de Janeiro.

O que faltará depois disso? Já houve um filme em que se buscou mitificar aquela "metamorfose ambulante", o mentiroso compulsivo alérgico a trabalho. Já se atropelou o vernáculo e a gramática portuguesa para satisfazer um capricho ignorante de uma terrorista igualmente mentirosa e arrogante.

Abrem-se as fronteiras aos terroristas do mundo islâmico sem que lhes seja exigido qualquer visto, a imprensa cala e o parlamento silencia. Entram no país os soldados da Farc e seus comandantes vêm ministrar cursos de guerrilha aos "soldados" do MST sob o beneplácito do governo e por ele financiado. Também silêncio.

Condecora-se o chefe desses trainees de terroristas com a maior comenda da República e assim transformam-na em nada, em lixo histórico, sem qualquer reação significativa da sociedade formal brasileira; nem mesmo as Forças Armadas se manifestam ou fazem cumprir as letras da Constituição exigindo o cancelamento da honraria ilegítima, da mesma forma que até hoje não exigiram a devolução da medalha àqueles agraciados que tiveram a condenação transitada em julgado no mensalão.

Vê-se um ministro de estado (as minúsculas são propositais, não somos hoje um Estado maiúsculo) manter conversas privadas em gabinete com advogados de acusados da Operação Lava-Jato e não há reações, não há críticas.

Outro ministro, igualmente minúsculo até em seu currículo, depois de eximir-se da obrigação ética e moral de declarar-se impedido no julgamento do mensalão, escandalosamente transfere-se para compor o quorum que anularia as prisões daqueles empreiteiros que, assinando o acordo de delação premiada, encontravam-se às vésperas de revelar as estruturas do esquema e os nomes dos comandantes que todos sabem quem são, mas falta dizer clara e abertamente junto às provas fartas que lhes apontam o dedo. Será que agora em prisão domiciliar e recebendo visitas sem testemunhas permanecerá a mesma disposição de falar?

Assiste-se a indicação de mais um ministro para o STF cujo histórico de engajamento político e ideológico arrepia até os mais condescendentes juristas e, percebe-se, mais uma vez a classe (ou seria claque?) política revela sua coluna vertebral macia e demonstra sua disposição de dobrar-se às vontades do palácio, embora ensaiando certa resistência no propósito explícito de crescer a tabela de preços...

A parcela lúcida da sociedade bate panelas - até aí somos fracos e imitamos outra cultura.. - e sai às ruas para protestar, mas deixa-se esvaziar, perde-se na falta unidade na voz da crítica, carece de liderança reconhecida e vê seu gigantismo apequenar-se pela timidez da oposição no fórum político. Tic-Tac, Tic-Tac o tempo passa e a pizza exala seu orégano... enquanto a indignação fica pelos bares, nas praias, nas filas de banco e la nave va.

Até quando seguiremos assim? Somos mesmo a Banânia?

Será possível que mais de noventa milhões que negaram seu voto à quadrilha aboletada no planalto sejam isso, sejam apenas a maioria irrelevante?

Será que repetiremos a história e, tal como no período nazista ou na atual hipocrisia do cenário de anti-semitismo descarado que condena a única democracia do Oriente Médio e assiste inerte ao terrorismo e aos crimes do Islam, apenas porque (diz-se) a maioria islâmica é pacífica e (sabe-se) a maioria do povo alemão também o era? Em ambos os casos a história mostrou que a maioria foi irrelevante...

Aqui também? Será que o brasileiro é isso, irrelevante? Acomodado, iletrado, alienado, amoral e absolutamente irrelevante?

Fonte: Blog do HB









Comentários

  1. A "maioria irrelevante", a qual faço parte, manifestou-se pacificamente nas ruas, mas foi ofuscada pela violência dos batalhões de choque e revidada pelos imbecis dos black blocs. A imprensa vendida e controlada por oligarquias só noticiou o que lhe interessava e deu no que deu.

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  2. De certa forma, a guerrilha saiu vitoriosa ainda que tenha percorrido um caminho mais longo e tomado alguns desvios, acho que eles também não esperavam que teriam outra chance, agora com o respaldo do "povo". Poderia escrever neste espaço uma enciclopédia de tudo que está errado neste país, do povo ao poder. O Brasil de hoje me assusta, ainda mais quando abro o jornal e vejo o anúncio de filmes como "Lula o Filho do Brasil e "José Dirceu, O Guerreiro do Povo Brasileiro". Meus heróis do passado, de onde estiverem devem estar muito tristes, a luta e a morte deles não pode ter sido em vão.

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