UILTON VIANA JÁ FALA COMO CANDIDATO "RICARDO QUEIROZ ESTÁ INELEGÍVEL"

Sem qualquer função no governo em virtude de seu rompimento com o Prefeito Washington Quaquá (PT), Uilton Afonso Viana, de 61 anos (foto), vice-prefeito de Maricá, em nenhum momento ocupou interinamente a vaga de prefeito na ausência de Quaquá e nem mesmo tem uma sala no prédio da prefeitura.

Uilton está presidente do PSB ha um mês, e vai inaugurar a sede do diretório em julho, com a presença do deputado federal Romário, e tem como determinação do partido fazer oposição ao governo do PT em Maricá.
Na segunda parte da entrevista, a ser postada no ENTER na sexta-feira, Uilton descarta o prefeito Quaquá como adversário e diz acreditar que ele será cassado por improbidade administrativa, o que impediria sua candidatura à reeleição.
Enter - O senhor é pré-candidato a prefeitura de Maricá, em 2012?
Uilton – Eu serei candidato se o partido assim entender. Por enquanto não posso admitir essa hipótese porque a lei não permite.
Enter – Existe ainda aquela pendência financeira que provoca algum impedimento a sua participação na campanha de 2012?
Uilton – Nunca tive nenhum impedimento para ser candidato.
Enter – O senhor está presidente do PSB?
Uilton – Faz um mês que assumi a presidência do partido e faremos uma grande festa no dia 18 de julho para inaugurar a sede, com a presença do presidente regional do PSB e do deputado Romário.
Enter – O PSB faz oposição ao governo de Quaquá?
Uilton – A determinação do partido é de fazer oposição a esse governo que ai está. Não é uma oposição sistemática, mas uma oposição em defesa de Maricá. Nós não podemos ver Maricá da maneira que está e aplaudir. Temos dois vereadores de mandato, o Uiltinho Viana e Luciano Rangel Júnior.
Enter – O seu filho, vereador Uiltinho, sempre apoiou o prefeito Quaquá. Não apoiou o seu candidato a deputado estadual na campanha passada para apoiar a candidatura da primeira-dama. Hoje, seu filho está com você ou não?
Uilton – Meu filho precisava amadurecer um pouco, e por mais conselho que eu pudesse dar, ele sempre acreditou no Quaquá e deu um voto de confiança ao prefeito. Quando ele percebeu que Quaquá não tinha mais como se recuperar resolveu se afastar. E hoje, por uma determinação do partido, ele é oposição.
Enter – Por duas vezes o senhor perdeu nas urnas para Ricardo Queiroz. Ele virá mais uma vez nessa campanha. Ricardo é um adversário forte?
Uilton – Ele é sem dúvida um adversário forte. Beneficiado até pelo desastre do governo atual. Quando o povo traça comparativos sempre procura o governo anterior, que foi dele. Na situação que se encontra o município, o povo começa a sentir saudades do governo dele. Mas Ricardo saiu do governo com mais de 70% de rejeição do povo.
Enter – O senhor acredita que Ricardo Queiroz está inelegível?
Uilton – Ele, hoje, está inelegível. Quando a Câmara Municipal rejeitou suas contas e o tornou inelegível é um ato que nem a Justiça consegue reverter isso. A Câmara é independente e tem legitimidade de votar a favor ou contra. Sua decisão é soberana. A situação dele é muito difícil.
Enter – Como o senhor analisa a questão do Ricardo no PMDB?
Uilton – A questão partidária de Ricardo é muito mais séria do que a sua inelegibilidade. Ele é presidente de um partido que faz parte do desgoverno Quaquá. O vereador que está lá hoje assumiu como secretário; a suplência que assumiu na Câmara, Robson Dutra, é de apoio a base do governo. Tem vários secretários de Ricardo que hoje estão dentro do governo Quaquá. Essa
aliança (PT/ PMDB) é nacional, estadual e municipal. Ricardo deveria explicar a população como ele é oposição se o partido dele está no governo que está massacrando a população de Maricá e eles estão lá aplaudindo e fazendo parte disso. Hoje, o Castor se diz vice de Quaquá. Pular do governo Quaquá lá na frente é muito fácil, mas como será que o povo vai interpretar isso. Hoje, o
Ricardo não está tendo competência para administrar essa situação, e nem vem a público como presidente do partido explicar essa situação. Estão todos calados. Eu estou numa posição difícil como vice-prefeito e tendo que bater no governo. Os candidatos de oposição estão todos muito quietos.
Continua na edição de sexta-feira
Fonte exclusiva: Jornal Enter (www.jornalenter.com.br)

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