Amor x Ódio... Indícios de uma grande paixão

Por Adilson Pereira
            Durante toda história da humanidade, acompanhamos casos de completa dualidade emocional. Entre tapas e beijos, ainda hoje vemos grandes paixões serem anunciadas ao final de cada ciclo de ódio. Não só na vida real, como na ficção, tal máxima se transforma em fato. Tom e Jerry que o diga.
            No decorrer de sua vida política, o alcaide putrião vem pregando o fim do monopólio do transporte em Maricá. A Viação Nossa Senhora do Amparo tem sido o alvo preferido de toda sua transfigurada carreira solo, rumo ao poder máximo em Maricaos.
            No início de seu desgoverno, uma derrota histórica jogou na lama todo seu arrogante discurso bolivariano. A empresa conseguiu, por vias judiciais, manter o aumento da passagem que a turma de incompetentes havia tentado baixar na marra, dando mostras do despreparo da cambada de importados inúteis que ainda persiste em nos rodear.
            A invenção teatral começaria a ruir quando veio à tona a informação sobre o ônibus universitário. Jogando totalmente por terra sua magnânima promessa eleitoral de montar uma empresa de transportes municipal, eis que o alcaide se traiu deixando a manutenção do transporte universitário a cargo da então detentora do monopólio. Se sua alteza marrecal não tem condições de manter um ou dois ônibus, como manteria uma frota inteira? Melhor ainda, além da Viação Nossa Senhora do Amparo efetuar a manutenção gratuitamente, os ônibus são guardados, também gratuitamente, na garagem da empresa. Que coisa, hein...
            A situação começou a ficar mais acintosa quando, dia desses pela manhã, indo para o trabalho, presenciamos um motorista da empresa dirigindo o buzão vermelho. Quando perguntado sobre o que estaria acontecendo, o motorista sorriu constrangido e sentenciou: “- Eles não têm motoristas, então fui cedido pela empresa para que os estudantes não ficassem sem transporte”. Eu não sabia se ria ou chorava.
            Durante a tradicional festa de Nossa Senhora do Amparo, padroeira católica da cidade, tivemos um final de conto de fadas para nossa história, com direito a “viveram felizes para sempre”.
            Como já faz parte da tradição, uma comissão de festas é eleita para elaboração de todo o planejamento da festividade. Mesmo que os créditos pela mesma tenham caído no colo da prefeitura, são pessoas de fora da entidade que, não só planejam, como também patrocinam o evento, estabelecendo uma, até então, cordial e saudável parceria público x privada. Para quem não sabe, o festeiro-mor foi, nada mais, nada menos, que o Sr. Francisco Caetano. Aos desavisados, Francisquinho, como é conhecido, é um importante membro da família proprietária da empresa, consequentemente, detentor do tão combatido (?) monopólio. Segundo fontes, até o carro sorteado no também tradicional bingo foi doação do Sr. Francisco Caetano.
            A surpresa ficou por conta da já corriqueira ausência pública do alcaide. Até as línguas mais ferinas não se entendem quanto ao não comparecimento de sua alteza marrecal à festividade. Algumas dizem que o putrião não compareceu ao evento, como em outras oportunidades, temendo vaias populares, que desta vez foram estrondosas, deixando artistas convidados numa verdadeira saia-justa. Outros dizem que o putrião não teria comparecido pelo constrangimento que sua mais recente declaração teria causado. O digníssimo alcaide afirmou que somente após as orações de alguns ditos líderes evangélicos, afastando toda “urucubaca” presente em sua vida, seu governo teria começado a caminhar na direção correta (que direção é essa?). Líderes católicos e espíritas não teriam gostado nem um pouco da afirmação do prefeito, que tem como dever a promoção de um governo laico. Vale lembrar que o putrião, que nunca promoveu o laicismo, é o mesmo que decretou luto oficial de três dias após a morte de seu pai de santo, tendo como esposa uma alucinada defensora do aborto.
            Para completar o estranho relacionamento odioso, o putrião anunciou aos quatro ventos que faria licitação pública para uma linha ligando Maricá a Itaboraí. Agora sim, o monopólio estaria com os dias contados. Mentira! O pato pateta, não só não levou adiante a licitação, como perdeu espaço para o prefeito da cidade vizinha. Este sim levou a coisa adiante e anunciou a nova linha, no sentido inverso, ligando Itaboraí a Maricá.
            Sua alteza marrecal, Patropi, Sereno, Helena, Delgado, Fabiano, e todos os demais que, direta ou indiretamente estejam ligados ao primeiro e ao segundo escalão, disputam acirradamente o cargo de mais incompetente gestor público deste, que começou e certamente terminará como o pior governo da história de Maricá.
            No fim de tudo, presenciamos mais uma história de “amor x ódio” com final feliz de Janete Clair. Os ingredientes são exatamente os mesmos: ficamos instigados pelo início de mais uma novela em horário nobre; identificamos os personagens; ambientamo-nos a eles; inserimos a ficção em nossa realidade; torcemos pelo mocinho que só apanha, mas invejamos o vilão que só bate; discutimos os capítulos em praça pública; gritamos na sala em cada lance de emoção; e, no último capítulo, muita emoção, dúvida entre chorar e sorrir, aplausos e indignação dos mais apaixonados. Mas, o mais importante fica para o momento final... Um casamento pra lá de perfeito.

Comentários

  1. Fico impressionada como você, professor Adilson, tem a coragem de dar nome aos bois e dar sua cara a tapa.
    Me orgulho em saber que, como cidadão, você luta pelo melhor para a sua cidade.
    Ah se 10% da população se empanhasse como o senhor.
    Parabéns!
    CSSB

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