O Lombroso Apedeuta da Vereança

Editorial de Marcelo Bessa
24/08/2011 - Anteontem, na casa do povo, o clima estava tenso. O presidente da Câmara apareceu ameaçando interpelar-me judicialmente alegando excessos em minha reportagem sobre a entrevista do vereador Aldair de Linda.
Embora sabendo que a teoria lombrosiana perdera a validade científica, não pude deixar de, examinando as feições do meu algoz, enquanto ele, na tribuna, punha com dificuldade as palavras ao plenário, achar que estava diante de um bronco, um simplório, que desejava apenas mudar o foco de si mesmo para livrar-se de eventual investigação, afinal a tal mensagem do prefeito, à época, provavelmente, batera em seu gabinete. Quisera, por isso, que eu retirasse do ar a reportagem. Ora, em primeiro lugar, a minha consciência não me permitiria fugir às minhas responsabilidades de homem de imprensa naquele momento e mantive-me firme, ali. Em segundo lugar, além de constrangido por estar sendo praticamente achincalhado diante de meus colegas e de alguns populares espectadores, sem poder proferir palavras em minha defesa, sofrendo um processo torpe de tortura mental, achei ultrajante ser humilhado por um grande apedeuta, que ao invés de dignificar tão nobre posição, deslustra-na por cupidez a mais hedionda.
Assim, naquele instante,sem nenhuma ideia preconcebida, diante daquele ser, já a postos para apontar-me o dedo, resolvi abrir as comportas de certas faculdades que Deus me deu: escrever e escrever...
Dir-se-ia que o covil da vereança decorreu menos da aleatoriedade, algo nebulosa, concernente à imperícia por ventura dos partícipes e mais da inelutável consequência das leis reguladoras da Câmara, uma vez que as forças ocultantes de que estavam revestidos os petistas antagônicos e seus aliados, considerando-se a energia corruptora também, que não seria um fator despiciendo, teria sofrido um desvio de caráter.
Entretanto, graças à minha proverbial sensitividade, não darei réplica e nem tão pouco publicidade a isso, deixando para assistir o artefato que, certamente, em seu colo cairá.

Comentários

  1. Lamentávelmente estamos obsevando que este que (2012)último ano de mandato dos vereadores e prefeito, "espero que de fato seja o último para os vereadores omissos e subserviêntes", parece existir algo de MUITO PODRE no poder Legislativo e Executivo, me faz lembrar o famoso dito popular invertido: "UMA MÃO SUJA A OUTRA" A regra é clara: Elegemos e pagamos altíssimos SALÁRIOS aos Vereadores para que eles cumpram com o seu dever Constitucional.
    No entanto o que temos visto em Maricá, me parece ser o oposto. O Povo fiscaliza, faz as denuncias e os nossos funcionários "que são os vereadores" fazem vista grossa e ainda por cima votam pelo arquivamento das denuncias. Tudo isto graças a um NOJENTO CORPORATIVISMO.

    Vejo hoje parte de nossa população mais consciente e unida em torno de um ideal, que é mandar para a PRISÃO todo e qualquer político envolvido em desvio de conduta e corrupção.

    Já passou da hora de começarmos a DENUNCIAR a Policia Federal, ao Ministério Público e ao Tribunal Regional Eleitoral, o aparente envolvimento e cooptação de alguns vereadores pelo executivo municipal de Maricá.

    Uma coisa é certa: O Marcelo Bessa não está e nunca estará sozinho nesta luta por transparencia nos Órgãos Públicos em Maricá, seja ele a Câmara ou o Executivo Municipal.

    Podemos não eleger um vereador, mas com certeza iremos causar um estrago muito grande na campanha de qualquer vereador que hoje não fiscaliza, não pune e não denuncia as enormes falcatruas do atual gestor Quaquá qua já foi apontado pela CPI como o chefe da quadrilha que se instalou na Prefeitura de Maricá.

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