Ricardo Queiroz e a máscara do PMDB maricaense – 4ª parte

Artigo de Adilson Pereira
“É coisa realmente natural e comum desejar conquistar, e sempre que os homens podem e o fazem serão louvados e não censurados. Mas quando não podem e querem fazê-lo de qualquer modo, aí está o erro e a censura”. (Nicolau Maquiavel)
As atitudes de um homem definem seu caráter. Uma bela frase, pena que dificilmente alguns pseudolíderes, processados até o último fio de cabelo, buscam o poder de forma limpa e honesta. O pior de tudo é que o fazem descaradamente, com ajuda dos aspones, desesperados com a iminência de perderem suas benditas boquinhas. Será verdade que “os fins realmente justificam os meios”? Para eles, sim!
Há algum tempo, um aspone desavergonhado tentou desviar o foco da discussão em debate numa rede social. O descarado chegou ao ponto de afirmar que o ex-alcaide não havia sido condenado, e que ser processado não era nada demais. MENTIRA! O ex-alcaide foi CONDENADO! A câmara de vereadores de Maricá, usando da soberania que lhe compete, CONDENOU o ex-alcaide ao “limbo”, quando rejeitou suas contas.
O que nos deixa mais estupefatos é a cara de pau com que se tenta negar a importância dos processos que venho enumerando, criteriosamente, há algumas semanas. Os INQUÉRITOS CIVIS abertos contra Sua Excelência, o Senhor “Volta que eu Voto”, pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, através da Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania, Núcleo Niterói, mostram o critério e a competência singulares da Promotora de Justiça, Dra. Renata Scarpa Fernandes Borges. Um cruzado avassalador no queixo da impunidade e, mesmo assim, assistimos a um silêncio ensurdecedor por parte seus pares. Um verdadeiro “ninguém sabe, ninguém viu”.
Caso os cidadãos maricaenses queiram conferir, até agora citei três inquéritos:
·         Inquérito nº 215/2011 – Datado de 11/08/2001. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA & LESÃO AO ERÁRIO – Acusados: Ex-prefeito de Maricá, Ricardo Queiroz, e J. América Locação e Serviços LTDA;
·         Inquérito nº 218/2011 – Datado de 16/08/2001. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA & LESÃO AO ERÁRIO – Acusado: Ex-prefeito de Maricá, Ricardo Queiroz, e Caixa Econômica Federal;
·         Inquérito nº 228/2011 – Datado de 31/08/2001. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA & LESÃO AO ERÁRIO – Acusados: Ex-prefeito de Maricá, Ricardo Queiroz, e Ex-vice-prefeito, Cleber Ferreira.
A termologia jurídica pode até confundir os que detêm menor conhecimento Legal. Vale lembrar que IMPROBO & LESIVO AO ERÁRIO, no popular, significa DESONESTO & LADRÃO.  De que adianta ganhar o mundo, mas perder a dignidade?
A tentativa de manipular informações faz parte do jogo sujo, e ao mesmo tempo ineficiente, de um grupo que sabe que há algo de estranho no ar. Lanço um desafio a qualquer um que faça parte deste grupo a apostar um único copo d’água que a situação do PMDB maricaense está resolvida e é totalmente confortável. Duvido que uma única alma se habilite! Mesmo a vinda dos líderes políticos regionais, com discurso decorado, para referendar a pré-candidatura do Senhor “Volta que eu Voto”, deixará um clima de insegurança no ar. A justiça é cega, mas o homem se faz cego diante de seus mais podres interesses. Lanço um desafio também aos citados líderes: Duvido que os mesmos afirmem que Senhor “Volta que eu Voto” terá sua situação jurídica resolvida. Parafraseando Fernando Brant: A justiça tem que estar onde o povo está!
O ex-alcaide se mostra um excelente negociador. Portanto, deve saber que o impacto negativo da manipulação é um dos principais fatores a dificultar a estruturação de alianças e a consolidação de parcerias. Sabemos que é difícil deixar a vaidade de lado, mas vale à pena uma tentativa. De início, pode até doer, mas nada que a satisfação da honestidade não recompense. Talvez nem precisemos citar “empresas com siglas familiares”, prestadoras de serviços suspeitos a determinados municípios, ou até mesmo “declarações comprometedoras” no episódio da quase cassação do ex-deputado Tucalo Dias, em artigos futuros.
A partir daí, vemos o porquê da insatisfação de determinadas partes do PMDB. Ao analisar a questão do vereador, atual secretário de governo, Jorge Castor, podemos notar certa hesitação na tomada de medidas punitivas. O aspone-mor, em determinado momento da discussão virtual anteriormente citada, chegou a afirmar que deveríamos ter mais gratidão aos que nos ajudaram. A intenção do aspone naquele momento foi ridícula e desastrosa, mas pode ser que o ex-alcaide, ao se acovardar diante de Castor, esteja apenas sendo grato.
Quando citei a CONDENAÇÃO aplicada pela câmara de vereadores, não mencionei o resultado da votação. Uma derrota esmagadora: 10 x 1. Quem sabe não vem do “gol de honra” a gratidão a que se referiu o nada nobre aspone. O único voto pela aprovação das contas foi de Jorge Castor. Talvez, por isso mesmo, o Senhor “Volta que eu Voto” esteja sendo complacente ao máximo, e não covarde como afirmam as más línguas, mostrando que seu “poder de recompensa” está baseado na capacidade de provisão da mesma. Pena que seja só uma tese mal defendida.
Maquiavel também afirma que “Quando Estados conquistados estão acostumados a viver em liberdade, há três modos de mantê-los. O primeiro é aniquilá-los”. O ex-alcaide saiu do governo próximo dos 75% de rejeição, por puro desapego à cidade. Chegou a declarar que nada faria por Itaipuaçu. Não à toa foi morar em Icaraí.
Maquiavel dá continuidade afirmando que “O segundo modo é residir neles”. O ex-alcaide, assim que percebeu a avalanche de imbecilidades cometidas pelo desgoverno Quaquá, abrindo uma chance de volta ao controle do ERÁRIO, mesmo diante de uma enxurrada de processos, retornou à cidade. E não é que vai a pé à missa de domingo. Garoto esperto...
Maquiavel termina seu ensaio crítico ao dizer que “O terceiro modo é deixá-los viver com suas leis, retirando uma renda e criando internamente um governo de poucos, mantendo o consenso. Tal governo, consciente do fato de existir pela vontade do príncipe, sabendo que depende de sua benevolência e poder, tem todo o interesse em agir de modo a conservar a situação”. Qualquer semelhança da relação entre o Senhor “Volta que eu Voto” e seus aspones é mera coincidência.
Felizmente, não só de Maquiavel vivem os homens de bem. Outro líder, para sorte dos que “sabem ouvir”, se contrapõe a todos os exemplos citados, com a autoridade que Lhe compete. Suas palavras ecoam durante os séculos, confortando os que se afligem com o mal que se aproxima e ensinando a lidar com os que estão a nossa volta: “O ladrão só vem para roubar, matar, e destruir, mas eu vim para que as ovelhas tenham vida, a vida completa”. Não por acaso, Ele dividiu a humanidade em duas. Ah, Ricardo... Respeito não se compra, se conquista!!!   

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