Juiz decreta prisão preventiva de Duarte Lima


Ele teria matado uma cliente portuguesa em 2009 no RJ.

Ele, que mora em Portugal, já é considerado foragido, no Brasil.


O nome do advogado português, suspeito de matar uma cliente de 74 anos, também portuguesa, em dezembro de 2009 no Rio de Janeiro, vai ser incluído na lista da Interpol, para que o suspeito, que vive em Portugal, possa ser preso em qualquer outro país que tenha convênio de extradição com o Brasil.
Esse tipo de convênio não existe com Portugal. De acordo com o delegado assistente Henrique Damasceno, da Divisão de Homicídios (DH), da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, a partir desta terça-feira (1º), o advogado já é considerado foragido. O Ministério Público expediu nesta terça o pedido de mandado de prisão preventiva contra ele.
Segundo Damasceno, o crime foi motivado por dinheiro. Ele contou que a mulher viria fraudando o espólio do amante, um milionário industrial português que havia morrido em 2000. A vítima, de acordo com o delegado, já teria desviado cerca de cinco milhões de euros (o equivalente a quase R$ 15 milhões) para a conta do advogado. Só no Brasil, o milionário tem bens e imóveis avaliados em R$ 100 milhões, além da fortuna deixada em Portugal.
"Temos provas de que o advogado alugou um carro em Belo Horizonte, pegou a vítima em casa no Flamengo (Zona Sul do Rio), e a levou para a estrada onde a matou. As joias da vítima não foram roubadas, somente uma pasta de documentos. Ele a estava pressionando para que ela assinasse um documento o isentando de ser depositário de qualquer quantia e de que nada devia à vítima", disse o delegado.
De acordo com Damasceno, o advogado é suspeito de homicídio triplamente qualificado, ou seja, praticado por motivo torpe, sem chance de defesa para a vítima e para garantir a prática de outro crime (a fraude do espólio do milionário).
Segundo o delegado, depois de dois anos de investigação, provas testemunhais e concretas apontam para o advogado como suspeito da morta da cliente. No dia 7 de dezembro, de 2009, a vítima saiu de casa no Flamengo, com uma pasta de documentos e foi encontrar com o advogado e desapareceu. Amigos deram queixa do desaparecimento na 9ª DP (Catete).
Seis dias depois, o corpo da portuguesa foi encontrado e identificado na estrada RJ-118, em Sampaio Correa, distrito de Saquarema, na Região dos Lagos do Rio. Ela foi morta com dois tiros. Estava com suas joias, mas não tinha mais a pasta de documentos.
"O advogado nunca apareceu na delegacia para prestar depoimento sobre o desaparecimento de sua cliente. Ele se limitou a enviar um fax informando que a pedido da vítima, a levou a Maricá (Região dos Lagos) para encontrar uma amiga e tratar da compra de um terreno. Provas testemunhais e concretas contradizem a versão do advogado. Na verdade, a portuguesa estava esperando uma pessoa que seria enviada pelo advogado para conversar sobre o tal documento que ele queria que ela assinasse. Mas houve mudanças planos. Temos provas de que ele mesmo a matou no dia 7, na estrada, com um revólver calibre 38", disse o delegado Damasceno.
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) decretou a prisão preventiva de um português suspeito de matar uma mulher, também portuguesa. O crime aconteceu em dezembro de 2009, em Saquarema, na Região dos Lagos. A informação foi confirmada pela assessoria do TJ-RJ, nesta terça-feira (1º).
De acordo com o juiz Ricardo Pinheiro Machado, da 2ª Vara da Comarca de Saquarema, os fatos mostram fortes indícios de que o português, que é advogado, é o autor do crime e, que ainda segundo o magistrado, a liberdade do suspeito gera perigo à instrução criminal, já que ele é cidadão estrangeiro, não residente no Brasil, elementos que inspiram maiores cuidados.
“Observe-se que desde a instauração do Inquérito Policial o acusado em nada colaborou com as investigações, criando dificuldades para a apuração dos fatos, situação que demonstra que o mesmo não pretende se submeter à aplicação da lei penal, o que reforça a necessidade de sua segregação cautelar”, explicou o juiz.
Motivo do crime
Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime  teria sido motivado porque a vítima se recusou a isentar o advogado da responsabilidade na participação em fraude do espólio do companheiro dela, o milionário Lúcio Tomé Feteira.
Fonte: G1
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