Petrobras quer construir gasoduto em Maricá

A Petrobras pretende construir instalações na praia de Jaconé, em Maricá, para receber o gás natural que será produzido nos campos do pré-sal na Bacia de Santos. O anúncio foi feito ontem pela presidente da companhia, Maria das Graças Foster, ao explicar que a construção, em alto mar, de uma instalação de liquefação do gás (Gás Natual Liquefeito, GNL) não se mostrou economicamente viável. Graça Foster apresentou o Plano de Negócios 2013/17 a 600 empresários na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan):

_ Para o projeto de GNL embarcado ser viável teria que ter uma escala maior de produção, que ainda não temos. Por isso, não vamos fazer esse modal de transferência de gás.

O diretor de Exploração e Produção da Petrobras, José Formigli, explicou que a construção do gasoduto, de 300 quilômetros, dos campos de petróleo até a costa, em Jaconé, está em estudo. Parte do gás do pré-sal está sendo escoado hoje por Caraguatatuba, Santos, e outra parte será por Cabiúnas, no Rio.

_ O gás entrará pela região de Maricá para ser entregue ao Comperj (Itaboraí). Neste momento, a área de engenharia está detalhando as especificações técnicas para ir ao mercado contratar as encomendas - disse Formigli.

Os dirigentes também disseram que a Petrobras tem interesse em renovar o contrato de importação de gás natural com a Bolívia, que vai vencer em 2019. Pelo contrato, o Brasil importa 30 milhões de metros cúbicos por dia de gás da Bolívia.

A estatal informou ainda que reduziu as importações de derivados de petróleo entre 10 e 15 mil barris/dia no primeiro trimestre, graças ao aumento do refino. Segundo o diretor de Abastecimento, José Carlos Cosenza, no último fim de semana foram refinados 2.149 mil barris diários, um novo recorde.

_ Isso reduz de forma substantiva a necessidade de importação com esse nível de processamento. (Ramona Ordoñez)

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