Por William Amaral
Alex e Prandelli soltam o
verbo contra CBF e Brasil
Mais um empate no
fim. O Vasco recebeu a Ponte Preta em São Januário e assim como aconteceu
na quarta-feira passada diante do Goiás, sofreu o empate no fim. O Gigante da
Colina pressionou durante toda a primeira etapa e não deu chances ao adversário.
Aos 36, Eder Luís sofreu pênalti, Juninho cobrou e o goleiro Roberto fez a
defesa, frustrando os torcedores. No fim da primeira etapa, William acertou o
travessão vascaíno. Na segunda etapa, a Macaca voltou melhor e quase marcou no
início em conclusões de Chiquinho e William. Depois dos sustos, o Vasco abriu o
placar. Quando todos esperavam a cobrança de Juninho de falta pelo lado, Yotún
pegou a defesa da Ponte de surpresa e levantou na cabeça de André, que testou
para abrir o placar. O Vasco era perigoso nos contra-ataques, principalmente se
aproveitando da velocidade do contestado Eder Luís. Aos 39, o banho de água
fria. Após levantamento na área, Diego Sacoman, livre, testou para William, que
com a mesma liberdade do companheiro, completou para as redes. E terminou
assim. Dois pontos perdidos pelo time de São Januário, que tem 15 no campeonato
e ocupa a 11ª posição.
Falou e disse. O
treinador da seleção italiana, Cesare Prandelli, teve o que nenhum integrante
da seleção brasileira foi capaz de ter: coragem (ou sensibilidade). O
comandante italiano disse que é “impossível jogar bem num estádio que custou R$
800 milhões e fica a 100 metros de uma favela de 120 mil pessoas, das quais 20%
não têm o que comer”. Prandelli falou também sobre as manifestações, e afirmou
que “quando há tantos jovens nas ruas, você tem que ouvir. A prioridade não é o
futebol. A prioridade são as escolas, os cuidados hospitalares, o trabalho”. Comentários
bem diferentes dos de Felipão e Cia.
Falou e disse 2.
Não bastasse ser o craque do brasileirão até o momento, Alex mostrou que é
diferenciado também fora de campo. O veterano afirmou que “a CBF não tem uma
interferência dentro do futebol tão grande. A CBF cuida apenas da seleção. Quem
cuida do futebol brasileiro é a Globo”. O camisa 10 do Coritiba falou também
sobre o horário dos jogos no meio de semana: “a gente joga bola dez horas da
noite. Isso é ruim. Mas eu estou dentro de um hotel, confortável, tranquilão.
Vou jogar 90 minutos, tomar banho e ir para casa. E o torcedor? O cara sai de
casa ou do trabalho, precisa ir ao estádio dez horas da noite, assistir ao
jogo, voltar para casa e ainda acordar sete horas da manhã no outro dia. Poxa,
isso é desumano. Por isso que os estádios estão vazios. A CBF é apenas uma sala
de reuniões”. Alex ainda disse que “o futebol brasileiro necessita de um
movimento dos clubes. O torcedor precisa voltar a acreditar na seriedade do
futebol, ele precisa perder o sentimento de que tem algo escondido debaixo do
tapete”. Gênio dentro e fora das quatro linhas.
Comentários
Postar um comentário
ITAIPUAÇU SITE - MÍDIA LIVRE E OFICIAL DE NOTÍCIAS DE MARICÁ - O Itaipuaçu Site reserva o direito de não publicar comentários anônimos ou de conteúdo duvidoso. As opiniões aqui expressas não refletem necessariamente a nossa opinião.