O compadrio entre Quaquá e os vereadores

EDITORIAL DE RICARDO VIEIRA FERREIRA PUBLICADO NO JORNAL MARICÁ EM FOCO 

Maricá está sendo sacudida pelas declarações do Vereador Aldair. Não que alguém pudesse
achar que por trás da imundície não estivesse a excrescência que ainda ocupa o cadeira de Prefeito.
O que choca é a audácia de mandar mensagem em seu próprio benefício. A ser verdade, compromete
de maneira definitiva o Presidente do Legislativo, Vereador Luciano Junior, que tem por obrigação
zelar pelo decoro nos atos parlamentares. Lá atrás, em 18 de maio de 2010 em uníssono,
os onze, de mãos dadas com o “prefeito”, criaram os meios para garantir que a bandalheira corresse
solta e impune. Alteraram, na calada da noite, o Art. 132 da Lei Orgânica e esconderam o JOM
207 de 28 de junho de 2010 enquanto puderam! Não publicaram a mensagem que originou o crime
contra a população e sempre se recusaram a dizer de onde partiu. Sempre se ouviu pela Cidade
sobre as armações que ajudaram a sangrar os cofres públicos com centenas de inúteis indicados
por vereadores, máquinas agregadas e outras espertezas que transformaram remuneração modesta
de Vereador em poderoso “caixa 2”. Na outra ponta o povo sendo massacrado, especialmente no
Portal da Morte. As palavras de Aldair robustecem as suspeitas de favorecimento e escancara o
papel lamentável do Urubu Rei, Paulo Fatigati. Arrependimento e correção de rumo são partes da
vida do homem. Aldair mostra uma faceta inédita em meio a um grupo que não teve até agora tal
destemor. A OPERAÇÃO ABAFA está em curso e a Câmara é parte dela. A decisão é colegiada
sempre, para o bem ou para o mal. A pergunta que venho fazendo há quase dois anos ao prefeito
criminoso deve ser igualmente dirigida aos ditos representantes do povo: ONDE ESTÃO OS R$
420 MILHÕES ARRECADADOS EM 31 MESES DE DESGOVERNO?

Por Ricardo
Vieira Ferreira