Bloco de anotações do tráfico em Maricá ajuda polícia a desarticular esquema de quadrilha do Complexo do Alemão


RIO DE JANEIRO (O REPÓRTER) -  Agentes da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD) realizam, na manhã desta quarta-feira (7), uma operação em conjunto com a polícia de Minas Gerais. De acordo com a Polícia Civil, o objetivo da ação é desarticular um esquema de lavagem de dinheiro de uma das quadrilhas do tráfico de drogas do Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio. 

Ainda segundo a polícia, as investigações começaram após policiais apreenderem comprovantes bancários e anotações do tráfico em Maricá. Os documentos apontavam que moradores do Alemão faziam depósitos fracionados e sucessivos, com valores não compatíveis com suas rendas, em contas correntes de empresas fantasmas de Belo Horizonte. A polícia estima que, em dez meses, foram movimentados cerca de R$ 80 milhões em aproximadamente 20 contas correntes.

Na operação Conta Encerrada, estão sendo cumpridos seis mandados de busca e apreensão no Complexo do Alemão, Olaria, Anchieta e Cordovil. Em Minas Gerais, a polícia cumpre quatro mandados de prisão, entre eles um contra Macarrão, suspeito de comendar o tráfico de drogas no Complexo do Alemão. O traficante foi preso em agosto deste ano, na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). 

O irmão de Macarrão, Marco Aurélio da Silva Soares, o Cocadinho, também está sendo procurado. Ele é apontado como responsável pelo controle da venda de entorpecentes em Maricá. 

A 2ª Vara Criminal de Maricá decretou o sequestro dos saldos e também bloqueou R$ 5 milhões e as contas correntes que faziam parte do esquema de lavagem de dinheiro. As investigações foram realizadas pelo Núcleo de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (NUCC-LD), em parceria com a Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), e com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).

Até o momento três pessoas foram presas, em Belo Horizonte.

Fonte: O Repórter

Comentários