Secretário de Saúde de Maricá tapeou a promotora da Justiça

Redação / Marcelo Bessa - Em maio do ano passado, o Ministério Público do Estado, através da promotora Renata Scarpa Fernandes Borges, ouviu a secretaria de Saúde de Maricá sobre denúncias que chegaram ao MP através de moradores.

Após análise da situação e visitas às instituições de saúde no município realizadas nas semanas subsequentes, naquela época, a promotora decidiu intimar para depor o secretário Carlos Alberto Malta Carpi, ex-secretário de Saúde de Itaperuna que foi nomeado a pedido do deputado federal Francisco D’ángelo (PT) para a pasta em Maricá.

Nessa mesma época, a promotora ouviu também o então presidente do Sindicato dos Médicos de Niterói, São Gonçalo e Região (Sinmed), Clóvis Abrahim Cavalcanti, que, em conversa feita a portas fechadas com a promotora, teceu enfáticas críticas ao sistema de saúde na região, afirmando que a Central de Regulação e a emergência do Hospital de Maricá não funcionam e muitos pacientes da cidade eram transferidos para Niterói e São Gonçalo porque estavam morrendo nos corredores do Hospital.

Poucas semanas depois, a promotora de Justiça Renata Scarpa Fernandes Borges promoveu audiências separadas com o subsecretário de Saúde de Niterói, Roberto Carlos, e o secretário de Saúde de Maricá, Carlos Alberto Malta Carpi, e apontou as falhas na saúde de ambos os municípios e pediu providências.

Segundo a promotoria, nessa ocasião, uma ação penal poderia ser movida, caso nada fosse feito, o que poderia responsabilizar criminalmente os responsáveis pelas secretarias. Então, a Secretaria de Saúde de Maricá, em nota, através da assessoria de imprensa da Prefeitura, confirmou a participação do secretário Carlos Alberto Malta Carpi na reunião com a promotora Renata Scarpa, juntamente com representantes do Conselho Regional de Medicina, Ordem dos Advogados (OAB) de Maricá e Associação Médica de Maricá e o mesmo se comprometeu em melhorar a saúde do município.

De acordo com a assessoria de imprensa, na reunião, foram discutidas as dificuldades de atendimento e as propostas para melhorar a saúde do município. A promotora foi informada da construção de um novo hospital para Maricá - promessa firmada pelo Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao prefeito Washington Quaquá numa reunião em Brasília no início do mês, pois o único hospital da cidade, o Conde Modesto Leal, não tinha mais condições de ser ampliado.

Ainda na mesma nota, os assessores lembraram que Maricá não dispunha de hospitais estaduais, federais e nem particulares, plano de cargos e salários dos profissionais da saúde estariam sendo elaborados e que todos os concursados seriam convocados. O secretário acrescentou ainda que os postos de saúde estavam passando por reformas.

Hoje, quase um ano depois, nada do que o, ainda, secretário se comprometeu a fazer aconteceu e a situação da Saúde em Maricá piorou consideravelmente chegando à incrível situação de pandemônio.

E agora promotora Renata Scarpa? Com a palavra o Ministério Público.

Comentários

  1. Pois é, será que teremos que esperar a população de Maricá ser dizimada para que se tenha alguma providência? Alô, será que teremos que recorrer a ONU e ao Papa para que alguém faça alguma coisa? Cadê a Associação Médica que não se pronuncia publicamente para dizer que os médicos não estão recebendo? Cadê a Ordem dos Advogados? Cadê o Conselho Federal de Medicina? Cadê as entidades de Direitos Humanos? Será que Hitler reencarnou por aqui?

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  2. O que nos falta é a população e essas pessoas que querem se candidatar sair para a rua e gritar. Todo mundo fala, fala, mas não faz nada. As reclamações ficam na esquina ou no bar. Do jeito que estou vendo os pré candidatos analfabetos das verdadeiras leis só pedindo voto sem sequer participar ou mesmo se interessar pela real situação do município o que estamos vendo não é nada. Se o povo não se mexe, como os órgão que poderia nos defender vão?

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  3. a saúde pública está um caos no ãmbito nacional,mas aqui em marica em especial em itaipuaçu consegue ser o caos do caos,pois a nossa única emergência que teria que ter pelo menos um médico nas 24 horas, é inexistente.Medicação para diabetes.hipertensão que tem que ser contínua sob o risco de ocorrer a morte por sua falta, não é fornecida com regularidade,estamos precisando de governantes comprometidos com as promessas feitas antes das eleições

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